Comando e controles: projeto e acesso aos locais de operações

Confira as regulamentações legais e as melhores práticas na hora de fazer o projeto do ambiente de operações para a segurança condominial.

Comando e controles estão diretamente relacionados à tomada de decisões de curto, médio e longo prazo, desenvolvimento de atendimento à população local e pronta resposta em condições de rotinas, crises e emergências.

São protagonistas os controladores de acesso e/ou operadores de centrais locais de Comando e Controles Operacionais, conhecidas pela sigla ”CCO”. Sendo mandatório que atuem 24 horas por dia, sem interrupção ao longo do tempo. Por serem humanos, é óbvio que requisitos fisiológicos deverão ser atendidos (alimentação, necessidades sanitárias, antropometria (medidas médias de pessoas (referência mundial: Neufert) adequada para o espaço de trabalho), sem descontinuidade no atendimento e em conformidade com expectativas e ansiedade dos usuários.

São características básicas recomendáveis:

– Acesso restrito exclusivamente para os operadores, portanto, isolados completamente do público externo. Preferencialmente, o ambiente deverá possuir clausura para pedestres (dupla passagem).

– Instalações de redes lógicas, elétricas, câmeras internas e iluminação interna com regulagem, de forma a permitir compensação para melhor visualização do ambiente externo e compensação da incidência de luz.

– Ideal considerar tubulação aparente, por ser de mais fácil e ágil ações de manutenção.

– Previsão de locais para micro-ondas, pequenas geladeiras para conservar alimentos, bebedouro, armários de vestiário e sanitários de uso exclusivo e interno ao ambiente operacional.

Atendimento às Normas Regulamentadoras da CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas – de número NR 08 – Edificações Requisitos Mínimos; NR 17 – Ergonomia e NR 24 – Condições Sanitárias e Conforto. Lei 13.146 de 2015 – Estatuto das Pessoas com Deficiência e Lei 10.098 de 2000 – Lei da Acessibilidade, são de atendimento mandatório em todos os projetos.

Destaques ergonômicos da NR 17 citada anteriormente, além dos requisitos relacionados ao mobiliário, temos como condições ambientais de trabalho:

– Níveis de ruído 65 dB (A) e curva de avaliação de ruído não superior a 60 dB;

– Níveis de temperatura efetiva entre 20 e 23 graus centígrados;

– Velocidade do ar inferior a 0,75 m/s

– Umidade Relativa do Ar não inferior a 40%

– Iluminação uniformemente distribuída e difusa – Norma NH 11 – Recepções – 300 Lux.

Referência de Norma Internacional – ISO 11064:2019 – Projetos Ergonômicos para Centrais de Monitoramento; onde são encontradas referências antropométricas e principalmente distâncias dos operadores com as telas e painéis de imagens das câmeras.

Projetos dos Sistemas Eletrônicos de Segurança naturalmente exigirão que os equipamentos estejam em uma Sala Técnica, confinada, com acesso controlado e isolada da operação, de maneira que os recursos dos subsistemas de sinais de alarmes, incêndio, circuito fechado de TV, estações de trabalho e tratamento de imagens, armazenamento de dados, comunicação, infraestrutura lógica, cabeamento estruturado, centrais com estruturas de rack das mais diversas dimensões, volumes, características de acesso para realização de manutenções e exigências de temperatura, ventilação e umidade, diferenciadas das requeridas para humanos.

Fundamental que sejam atendidas as especificações estabelecidas nos manuais dos fabricantes e respeitadas as condições ambientais para saúde dos usuários. Histórico de melhores práticas recomenda a utilização de salas climatizadas e controladas diferentemente do espaço ocupado pela Portaria ou CCO (23º segundo NR 17 para operadores e 18º para equipamentos eletrônicos).

Em resumo: Melhores resultados com os menores esforços. Restrição de acesso aos operadores e aos recursos técnicos / tecnológicos empregados. Elevar a vida útil dos equipamentos e a qualidade das condições ambientais para tomada de decisão em situações críticas.

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Por Eytan Magal e André de Pauli

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