Acesso em condomínios – sinal de alerta!

Que cuidados devem ser tomados na hora de planejar a segurança na entrada de pessoas e veículos

A maior vantagem para quem decide morar em condomínios é a segurança que o ambiente tem a oferecer e a sensação de proteção está diretamente ligada ao Projeto de Segurança adotado. Por isso quando iniciar um projeto deve-se dedicar bastante atenção ao Controle de Acesso. Pois geralmente são locais que despertam bastante interesse de criminosos devido aos atrativos, que tem nos apartamentos e pela fragilidade de segurança que empreendimentos apresentam e, dependendo da facilidade, os criminosos podem se passar por moradores e assim cometer inúmeros delitos.
Desde a fase preliminar do empreendimento, o acesso de veículos e pessoas deve ser controlado com muito critério por meio de barreira físicas, integrando na arquitetura e tecnologias, aliados a uma equipe especializada que ofereça todo o suporte necessário para a realização da tarefa com eficiência. O projeto deve ser todo criado e orientado para que quando o condomínio for entregue, a administração ou síndico devem considerar o próprio comportamento dos moradores, que devem seguir as diretrizes de segurança, obedecer às regras de controle de acesso. É preciso estar atento em todos os procedimentos envolvidos, inclusive as ferramentas que podem ser utilizadas, como chaves, tags, biometria, clausura e torniquete.
Todos esses procedimentos visam ratificar as normas de segurança do condomínio que devem ser definidas em assembleia e constar no regulamento interno, aumentando a segurança patrimonial e pessoal de toda a comunidade que está inserido.

Riscos da falta de controle de acesso
É fundamental que os arquitetos e engenheiros compreendam o sentido de se estruturar bem um empreendimento e adequá-lo para práticas mais segura, é claro que o tipo de sistema, práticas e empresa de segurança contratada, será definida pelos condomínio posteriormente à entrega das unidades habitacionais, porém é preciso sempre deixar infraestrutura para aplicação de tecnologias e boas práticas de controle e proteção do lugar.

As falhas de segurança são minuciosamente analisadas pelos bandidos na hora de planejar invasões observando as rotinas, os métodos e qualquer comportamento omisso. Outro problema ocasionado pela ausência de um controle mais rígido de acesso é a oportunidade de prestadores de serviço terem livre acesso a todas as dependências do condomínio, acessando áreas não permitidas e incomodando ou constrangendo moradores. Em locais onde há falhas no controle de entrada os condôminos estão vulneráveis a assaltos, arrombamentos e até sequestros relâmpagos.

Sistemas de controle de acesso
Tanto o acesso de pedestres quanto o de veículos deve ser feito através de um sistema de controle de acesso específico, visando identificar e controlar a circulação no interior do condomínio. Todos os fornecedores e prestadores de serviços devem ser devidamente cadastrados com registro de foto e documento, assim como controle de entrada e saída. Existem sistemas que possibilitam ainda, controlar o tempo de permanecia de entregadores e prestadores de serviços.

A entrada e saída de pessoas pode ser liberada usando diversos recursos, como tags, biometria ou controle de acesso por aplicativo de celular. Existe no mercado tecnologias com Biometria, que reconhece e permite o acesso do morador através da digital ou do rosto proporcionando maior segurança uma vez que a tecnologia não permite transferir o acesso a terceiros.

Já a entrada e saída de veículos do condomínio pode contar com sistemas que oferecem níveis diferenciados de proteção e demandam manutenção frequente e correta, para resultados eficazes no controle e segurança.

O controle remoto é um dos mais utilizados, por utilizar a tecnologia de rádio frequência, barato e fácil aplicação. Porém é um item pequeno, normalmente deixando no chaveiro junto às chaves do carro, facilmente perdido, gerando despesas para aquisição de outro, e ainda oferece o risco de a frequência ser copiada.

Outra opção é a Tag com tecnologia de Identificação por Radiofrequência (RFID), no formato de etiquetas adesivas inteligentes que possuem um chip encapsulado, capazes de abrir portões por aproximação, transmissão e gravação dados à distância. A Tag é anexada na parte interna ou na placa do veículo, com rápida e discreta instalação. O custo não fica entre os mais em conta no mercado, e precisa de uma boa administração, como por exemplo, troca de veículos, ou aquisição de mais carros em uma única família por exemplo. A antena precisa estar bem posicionada, alcance e posição corretos se não, não funciona adequadamente. É necessário ter total controle de moradores, gerenciando novos e antigos usuários, já que a tag não pode ser reutilizada. Sendo assim, em uma mudança de endereço, a tag precisa ser destruída, para que não se tenha acesso ao antigo condomínio.

Temos ainda o Reconhecimento de Placas de Veículos ou LPR (do inglês License Plate Recognition), a tecnologia que melhor permite a flexibilidade na operação, no que diz respeito a manutenção e gestão do banco de dados utilizado. Ao cadastrar uma placa, por exemplo, e inserir os dados do veículo no sistema, ele será reconhecido imediatamente quando chegar na portaria e se posicionar na entrada, o portão será aberto. Assim, facilitando até mesmo a utilização em casos especiais, como aluguel de veículos. Todo o sistema é gerenciado por um software, ou seja, basta uma atualização frequente e caso haja a mudança de endereço de algum morador, é só desabilitar o imput eletrônico daquele carro. O imput funciona na câmera e no computador. É um sistema sensível, que exige câmera específica, orientação para baixar luz do farol quando se aproximar e etc.

Vale ressaltar a grande importância do projeto arquitetônico no contexto geral de qualquer empreendimento, que impactam diretamente a infraestrutura e qualidade de vida das pessoas. Por isso é de valor inestimado que o projeto seja pensado com tendências, novidades e conceitos que atendam às demandas dos consumidores, alinhando tecnologias e estratégias construtivas aos anseios dos clientes. Portanto o projeto arquitetônico é uma peça-chave para aliar segurança, funcionalidade, fluxo de pessoas e estética.

Quando pensamos desde o início em como o projeto arquitetônico vai contribuir para a aplicação do projeto de segurança, é possível fazer uma analise do nível de segurança que se pretende ter, o quanto é aceitável que esse nível de segurança interfira no conforto e rotina e o orçamento disponível para esse investimento.

● Maior conforto: Nível de segurança BAIXO, custo de equipamentos BAIXO e conforto ao condômino ALTO;
● Maior custo: Nível de segurança MÉDIO/ ALTO, custo de equipamentos ALTO e conforto ao condômino BAIXO;
● Maior segurança: Nível de segurança ALTO, custo de equipamentos MÉDIO/ ALTO e conforto ao condômino BAIXO;

Se quiser saber mais, conte com a orientação dos nossos especialistas.

 

Matéria publicada no blog Construliga em 28/08/2019

 

Consultoria técnica: Eytan Magal, CPP.
Piero Caíque – Jornalista MTB/AM 589
Kellen Reis – Jornalista MTB/SP 5758

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